Currículo Decolonial é possível?
Reflexões sobre a BNCC e o ensino da química a partir do contexto sociocultural amazônico
DOI:
https://doi.org/10.24979/ambiente.vi.1455Palavras-chave:
Amazônia, habilidades, competências, ensino-aprendizagemResumo
Este artigo apresenta uma reflexão crítica a respeito do texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), especificamente da área de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias, como forma de repensar o currículo colonial imposto às escolas de todo o país que, por vezes, desconsideram ou não valorizam a existência de diferentes formas de saber, povos, culturas e aspectos socioculturais nos quais as escolas estão inseridas, em especial as escolas em contextos indígenas. A partir dessa reflexão, este artigo possui uma abordagem qualitativa, de caráter exploratório e embasado em pesquisa bibliográfica e documental, na qual objetivou-se refletir sobre a construção de um caminho que interligue os aspectos teóricos da BNCC ao contexto cultural vivenciado por estudantes em contextos amazônicos; ressaltando a dificuldade em adequar diferentes estratégias ou abordar contextos regionais, com o texto apresentado pela BNCC. Os resultados apontam para uma crítica a BNCC, devido a falta de diálogos interculturais, com aspectos que dificultam e limitam a construção de abordagens decoloniais para o ensino da Química. Por outro lado, não se pode deixar de refletir, discutir e reconstruir propostas que contribuam para um ensino decolonial.
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