Ensino de Geografia na perspectiva da efetivação do Novo Ensino Médio
Estudo de caso na Escola Estadual 13 de Setembro em Boa Vista/RR
DOI:
https://doi.org/10.24979/ambiente.v17i3.1481Palavras-chave:
Educação, Ensino, NEM, GeografiaResumo
O Novo Ensino Médio (NEM) é uma política educacional implementada a partir da Medida Provisória n° 746/2016, convertida na Lei n° 13.415/2017, com início em Roraima em 2022. Este estudo visa analisar a percepção dos professores de Geografia da Escola Estadual 13 de Setembro, em Boa Vista, RR, sobre a eficácia e as implicações do NEM. Para tanto, foi adotada uma abordagem dedutiva, exploratória e descritiva, utilizando questionários aplicados a dois docentes da disciplina. Os resultados revelaram que os professores têm expectativas negativas em relação à implementação do NEM, citando a falta de estrutura e recursos adequados como principais obstáculos para o sucesso da proposta. Além disso, a insuficiência de capacitação profissional e organizacional foi identificada como um fator crítico que compromete a qualidade do ensino, contribuindo para a desmotivação dos alunos. Os docentes destacaram a urgência de uma revisão das políticas educacionais para que a escola possa atender de forma eficaz às demandas e objetivos propostos pelo NEM. Assim, o estudo evidencia a necessidade de um diálogo mais profundo sobre a implementação dessa política, a fim de promover melhorias na educação básica e garantir uma formação de qualidade aos estudantes.
Downloads
Referências
ANDRADE, Aparecido Ribeiro; SCHMIDT, Lisandro Pezzi. Metodologias de Pesquisa em Geografia. Paraná, 2015. Disponível em: https://docs.ufpr.br/~adilar/METODOLOGIA%202019/Metodologias%20de%20pesquisa%20em%20Geografia.pdf. Acesso em: 18 maio 2024.
APPLE, M. W. A política do conhecimento oficial: faz sentido a ideia de um currículo nacional? In: SILVA, T. T. da; MOREIRA, A. F. B. Currículo, cultura e sociedade. 2. ed. rev. São Paulo: Cortez, 2013.
BOBBIO, Norberto. Liberalismo e Democracia. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Brasiliense, 1988.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/. Acesso em: 20 maio. 2024.
BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1996.
BRASIL. Lei Nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Institui a BNCC e a reforma do ensino médio. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2017.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais (Ensino Médio) – Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, 2000. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/14_24.pdf. Acesso em: 18 maio 2024.
BRASIL. Temas Contemporâneos Transversais na BNCC: contexto histórico e pressupostos pedagógicos. Brasília: MEC, 2019.
CORDEIRO MARINHO, Genilson. Os Parâmetros Curriculares Nacionais no contexto das reformas neoliberais: o caso da Geografia. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4791. Acesso em: 25 abr. 2024.
FREITAS, A. F.; ZAN, D.; DA SILVA, F. D.; MOIMAZ, R. S. Primeiros passos da Reforma do Ensino Médio em São Paulo: o caso da rede regular de ensino. In: KRAWCZYK, N.; ZAN, D. (org.). A Reforma do Ensino Médio em São Paulo: A continuidade do projeto neoliberal. 1. ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2022. p. 45-77.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GONÇALVES, C. G.; KRAWCZYK, N.; QUADROS, S. F.; FORATO, S. Quando tudo começa ... ou (re)começa: pegadas a caminho da reforma do Ensino Médio. In: KRAWCZYK, N.; ZAN, D. (org.). A Reforma do Ensino Médio em São Paulo: A continuidade do projeto neoliberal. 1. ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2022. p. 11-45.
KRAWCZYK, N.; FERRETTI, C. J. Flexibilizar para quê? Meias verdades da “reforma”. Retratos da Escola, [S. l.], v. 11, n. 20, p. 33–44, 2017.
LACLAU, E. Emancipação e diferença. Rio de Janeiro: Eduerj, 2011.
LAVAL, Christian. A Escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. Trad. Maria Luiza M. de Carvalho e Silva. Londrina: Editora Planta, 2004.
LOPES, E. C. P. M.; CAPRIO, M. As influências do modelo neoliberal na educação. Revista online de Política e Gestão Educacional, Araraquara, n. 5, p. 1–16, 2008. DOI: 10.22633/rpge.0i5.9152. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/9152. Acesso em: 25 agosto. 2024.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2001.
MOTTA, Vânia Cardoso da; FRIGOTTO, Gaudêncio. Por que a urgência da Reforma do Ensino Médio? Medida provisória nº746/2016 Lei nº 13.415/2017. Educ. Soc., Campinas, v. 38, n. 139, p. 355-372, jun. 2017.
MOUFFE, C. Sobre o político. São Paulo: UMF, 2015.
MOVIMENTO PELA BASE. Percepção dos professores sobre o Ensino Médio. 2022. Disponível em: https://observatorio.movimentopelabase.org.br/pesquisa/pesquisa-qualitativa-traz-impressoes-de-professores-sobre-novo-ensino-medio/#:~:text=Principais%20aspectos%20negativos. Acesso em: 25 agosto. 2024.
PÁDUA, E. M. M. Metodologia da pesquisa: Abordagem teórico-prática. 6. ed. Campinas, SP: Papirus, 2000.
PIOLLI, E.; SALA, M. O Novotec e a implementação da Reforma do Ensino Médio na rede estadual paulista. Crítica Educativa, Sorocaba, v. 5, n. 1, p. 183-198, 2019.
PIRES, Lucineide Mendes. Políticas Educacionais e curriculares em curso no Brasil: A Reforma do Ensino Médio e a Base Nacional Curricular Comum (BNCC). In: VALADÃO, Roberto Célio et al. Conhecimentos de Geografia: percurso de formação docente e práticas na educação.
SIMÕES, W. O lugar das Ciências Humanas na “reforma” do ensino médio. Retratos da Escola, [S. l.], v. 11, n. 20, p. 45–59, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2024 Mayra da Silva Carvalho, Haroldo Scacabarossi
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Todo o conteúdo desta revista está protegido pela Lei de Direitos Autorais (9.610/98). A reprodução parcial ou completa de artigos, fotografias ou artes no geral contidas nas publicões deve ser creditada ao autor em questão. A revista Ambiente: Gestão e Desenvolvimento (ISSN 1981-4127) é distribuída sob a licença Creative Commons – Atribuição – uso comercial – compartilhamento pela mesma licença (BY). Há permissão de uso e criação de obras derivadas do material, contanto que haja atribuição de créditos (BY). As publicaçãos são distribuídas gratuitamente no site oficial.