A vida é minha, a história não somente minha

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24979/1zeyqw37

Palavras-chave:

Lembranças, Sonhos, Foco, Persistência, Memórias

Resumo

Este ensaio se constitui de um recorte autobiográfico, que reflete como meus sonhos de criança ribeirinha foram além das expectativas familiares e sociais, ultrapassando opiniões e experiências de vida de muitos ao meu redor, se transformando em um sonho profissional. Ao pensar sobre minha própria vida, observo que a história pessoal não possui um limite individual e pessoal de pertencimento, ela abarca um desvelar de um mundo social, com os princípios e crenças – ou poderia dizer descrenças – de toda uma coletividade. Partindo desta percepção surgiu o título deste trabalho. É interessante enxergar que o gerar de um sonho não precisa necessariamente de técnicas intencionais para despertar ou cativar os desejos de uma criança, pois, na contação oral de histórias narradas por meio de entrevistas em um programa de rádio, surgiram os sonhos que são apresentados neste texto, como relato de vivências de uma menina que ousou sonhar e contar seus sonhos em uma comum roda de conversa de jantar com adultos, adolescentes e outras crianças. Esta produção se baseia em uma pesquisa qualitativa, utiliza-se da narrativa autobiográfica, com o método da oralidade, procedimentos da introspecção e da escuta qualitativa a familiares que conviveram comigo na infância; o tratamento de dados está estruturado na Análise de Discurso sob o olhar de Orlandi (2010), que destaca três etapas, a saber: a passagem do texto para Objeto Discursivo, voltado à Formação Discursiva; a passagem do Objeto Discursivo para o Processo Discursivo e, por fim, do Processo Discursivo para a Formação Ideológica.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

CARVALHO, I. C. M. Biografia, Identidade e Narrativa: Elementos Para Uma Análise Hermenêutica. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 9, n. 19, p. 283-302, julho de 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ha/v9n19/v9n19a11.pdf. Acessado em: Dezembro de 2022.

DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. Tradução Daniel Lins. São Paulo: Escuta, 2002.

ESPINOSA, Benedictus de. (1632-1677). Ética. [tradução de Tomaz Tadeu]. - Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1979/2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GADOTTI, Moacir; FREIRE, Paulo; GUIMARÃES, Sérgio. G12. Pedagogia: diálogo e conflito. 4. ed. – São Paulo: Cortez, 1995.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. – São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 1987.

LIMA, P. G. Tendências paradigmáticas na pesquisa educacional. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. - Campinas, SP: [s.n.], 2001. Disponível em: http://www.do.ufgd.edu.br/paulolima/arquivo/mestrado.pdf. Acesso em: Dezembro de 2022.

NEVES, J. G. Cultura Escrita E Narrativa Autobiográfica: Implicações Na Formação. In: CAMARGO, M.R., org., SANTOS, VCC. colab. Leitura e escrita como espaços autobiográficos de formação [online]. DOCENTE São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. Disponível em: http://books.scielo.org/id/zz66x/pdf/camargo-9788579831263-09.pdf. Acessado em: Dezembro de 2022.

NÓVOA, António. Escolas e professores proteger, transformar, valorizar. Salvador: SEC/IAT, 2022.

ORLANDI, E. P. Análise de Discurso: princípios & procedimentos. Campinas: Pontes, 2010.

PASSEGGI, M. C. Injunção institucional e sedução autobiográfica: as faces autopoiética e avaliativa dos memoriais. In: BARBOSA, T. M. N; PASSEGGI, M. da C. (Org.). Memorial acadêmico: Gêneros, injunção institucional, sedução autobiográfica. Natal: EDUFRN, 2011.

PASSEGI, M. C.; SOUZA, E.C. de; VICENTINI, P.P. Entre a vida e a formação: pesquisa (auto) biográfica, docência e profissionalização. Educação em Revista. Belo Horizonte, v.27, n.1, p.369-386, abr. 2011. Disponível em: http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/6461/art_VICENTINI_Entre_a_vida_e_a_formacao_pesquisa_2011.pdf?sequence=1. Acessado em: Janeiro de 2023

VYGOTSKY, L. S. (1930/2009) O domínio sobre a memória e o pensamento (capítulo 3). In: ______. (vários/2009) A formação social da mente. O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes. p. 31-50.

WIERCINSKI, Gilmar. PESQUISA AUTO-BIOGRÁFICA: UMA INTRODUÇÃO METODOLÓGICA. Salão do Conhecimento. Ciência - Tecnologia - Desenvolvimento social. Comissão Científica do XXII Seminário de Iniciação Científica, da XIX Jornada de Pesquisa. 2014 Santa Rosa, Parnambi, Três Passos-RS, 2014. Disponível em: https://www.publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/3474/2874. Acessado em: Dezembro de 2022.

Downloads

Publicado

31/10/2023

Como Citar

A vida é minha, a história não somente minha. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, [S. l.], p. 124–149, 2023. DOI: 10.24979/1zeyqw37. Disponível em: https://periodicos.uerr.edu.br/index.php/ambiente/article/view/1212. Acesso em: 22 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 16

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.