Avaliação florística de uma trilha de educação ambiental para adequação sensorial no Parque Estadual de Cunhambebe - RJ, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24979/ambiente.v16i1.1201

Palavras-chave:

levantamento florístico, inclusão socioambiental, Unidades de Conservação

Resumo

Entre as várias técnicas utilizadas no desenvolvimento da educação ambiental, as trilhas ecológicas interpretativas se apresentam como uma ferramenta de grande potencial, pois inserem o visitante diretamente no ambiente natural local. No Brasil, grande parte das atividades em trilhas ambientais são realizadas em áreas de Unidades de Conservação. O presente trabalho avaliou o potencial florístico da trilha do Curumim, localizada ao lado da sede do Parque Estadual do Cunhambebe, em Mangaratiba no estado do Rio de Janeiro. Foi realizado o levantamento florístico, por meio de censo do fragmento florestal. Após coletados os dados foram calculados a composição florística e estrutura fitossociológica horizontal. Como resultados encontrou-se baixa diversidade, indicando um fragmento em estágio inicial de regeneração e presença dominante de 3 espécies: Guarea guidonia (Carrapeta), Piptadenia gonoacantha, (Pau Jacaré) e Artocarpus heterophyllus (Jaqueira). A Carrapeta e o Pau jacaré tem caraterísticas de tronco que podem ser exploradas pelo tato, e a Jaqueira, apesar de exótica ao Bioma Mata Atlântica, é bastante conhecida pela população pelo consumo alimentício de seu fruto, da qual tem vários aspectos sensoriais. Além disso, foram encontrados, em menor quantidade, outras espécies com potencial sensorial. Assim, conclui-se que há possibilidade de adequação sensorial da trilha a partir das espécies florestais existentes e recomenda-se o desenvolvimento de um roteiro para condução dos visitantes na trilha que indique essas espécies arbóreas e suas características florísticas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ABREU, Rodolfo Cesar Real de; RODRIGUES, Pablo José Francisco Pena. 2010. Exotic tree Artocarpus heterophyllus (Moraceae) invades the Brazilian Atlantic rainforest. Rodriguésia, v. 61, p. 677-688.

AMARAL, Ricardo Farias do; FERREIRA, Maryane Christina Silva Damasceno; SILVA, Clébia Bezerra da. Levantamento florístico como subsídio para implantação de trilhas em dunas no litoral oriental do Rio Grande do Norte. Nature and Conservation, v. 6, n. 2, p. 59-69, mai./out. 2013.

APG III. 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society 161: 105–121.

ARAÚJO, Natália Gomes de e PAES LIMA, Leonardo Ramos de. 2012. Utilização de Artocarpus heterophyllus no tratamento de cálculos de oxalato de cálcio. Infarma-Ciências Farmacêuticas, v.22, n. 11/12, p. 3-7.

ARDOIN, Nicole M.; BOWERS, Alison W.; GAILLARD, Estelle. Environmental education outcomes for conservation: A systematic review. Biological Conservation, v. 241, p. 1-13, jan. 2020.

ARDOIN, Nicole M.; BOWERS, Alison. Early childhood environmental education: A systematic review of the research literature. Educational Research Review, v. 31, p. 1-16, jul. 2020.

BENTO, Izabela Carvalho; THOMAZI, Áurea Regina Guimaraes. Educação ambiental emancipatória na escola: possibilidades da prática educativa docente. Holos, v. 6, p. 103-119, dez. 2013.

Blengini, I. A. D., Lima, L. B., de Mélo Silva, I. S. e Rodrigues, C. (2019). Trilha interpretativa como proposta de educação ambiental: Um estudo na RPPN do Caju (SE). Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), v. 12, n. 1, p.142-161, fev./abr. 2019.

BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Presidência da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, 2000.

BRASIL. Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999: Institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1999.

BUZATTO, Laiza; KUHNEN, Cláudia Felin Cerutti. Trilhas interpretativas uma prática para a educação ambiental. Revista Vivências, Erechin, v. 16, n. 30, p. 291-231, jan./jun. 2020.

CARVALHO, Joema; BÓÇON, Roberto. Planejamento do traçado de uma trilha interpretativa através da caracterização florística. Floresta, v. 34, n. 1, p. 23-32, jan./abr. 2004.

CARVALHO, Paulo Ernani Ramalho. 2003. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. v. 1, 1044p.

CAVALCANTE, Ubiramar Ribeiro e MOURA, Marcelino Franco. "Importância da Trilha Ecológica Interpretativa-sensorial, com Orientação, para a Educação Ambiental de Deficientes Visuais. In: X Congresso Nacional de Excelência em Gestão. Anais. Uberlândia, Instituto Federal do Triângulo Mineiro–IFTM, 2014.

COLMAN, Diego Armando Lopes. As trilhas interpretativas como atividades de educação ambientaL. 2017. 119p. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017.

DA SILVEIRA NEVES, Glísia Maria; PEIXOTO, Ariane Luna. 2008. Florística e estrutura da comunidade arbustivo-arbórea de dois remanescentes em regeneração de floresta atlântica secundária na reserva biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, Rio de Janeiro. Pesquisas Botânica, 59: 71-112.

FERRARO JR, L. A. MAPPEA – Mínima Aproximação Prévia para elaboração de Programa de Educação Ambiental. In: Mapeamentos, diagnósticos e intervenções participativos no Socioambiente. Série Documentos Técnicos. Orgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, Brasília, 2007.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PNS - Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/saude/9160-pesquisa-nacional-de-saude.html. Acesso 15 fev. 2023.

INEA (2015). Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Estadual de Mangaratiba. p. 526, 2015a.

INEA (2015). Plano de Manejo do Parque Estadual Cunhambebe. p. 454, 2015b.

INEA (2017) - Instituto Estadual do Ambiente. Notícias. 2017. Portadores de necessidades especiais visitam trilha adaptada no Parque Estadual Cunhambebe. Disponível em: <http://www.inea.rj.gov.br/portadores-de-necessidades-especiais-visitam-trilha-adaptada-no-parque-estadual-cunhambebe/ >. Acesso em: 10 jun. de 2022.

JUNIOR BAYLÃO, Hiram Feijó. 2014. Análise da restauração florestal espontânea a partir dos efeitos de nucleação da Guarea guidonia (L.) Sleumer na vertente atlântica da Serra do Mar, Piraí, RJ–Brasil. 95p. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação m Ciências Ambientais e Florestais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

LIMA, Maria Maiany Paiva; SILVA, L. da. Educação Ambiental Através de Trilha Interpretativa em Área Protegida no Município de Quixadá-CE. In: CONIDIS I Congresso Internacional da Diversidade do Seminário. 2016. Campina Grande. Anais... Campina Grande: Realize, 2016, p-1-13.

LORENZI, Harri e ABREU MATOS, F.J. 2008. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. Ed. Nova Odessa, SP; Instituto Plantarum. 576 p.

LORENZI, Harri. 2000. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil, vol. 1, 3. Ed. Nova Odessa, SP; Instituto Plantarum. 352 p.

LORENZI, Harri. 2002.Árvores brasileiras, manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. vol. 2, 2. Ed. Nova Odessa, SP; Instituto Plantarum.368p.

MORITZ, T.; GURGEL, T. S.; COSTA, S. P. Trilhas interpretativas como meio de conscientização e sensibilização: um estudo com participantes das trilhas da unidade de conservação Parque Estadual das Dunas de Natal-RN. INTERFACE. Natal, v. 2, p. 130- 150, jan/jun. 2014.

OLIVEIRA, Rogério Ribeiro de; SOLÓRZANO, Alexandro; SALES Gabriel Paes da Silva; BEAUCLAIR, Mariana e SCHEEL-YBER, Rita. 2013. Ecologia histórica de populações da carrapeta (Guarea guidonia (L.) Sleumer) em florestas de encosta do Rio de Janeiro. Pesquisas Botânica, 64, 323-339.

PFEIFER, Fernanda Jéssica; QUADROS, Andressa Soares; SIQUEIRA, André Boccasius. A trilha sensitiva como prática de educação ambiental para alunos de uma escola de ensino fundamental de Palmeira das Missões-RS. REMEA: Revista eletrônica do mestrado em educação ambiental. Rio Grande, v. especial, p. 67-84, jul./dez. 2016.

QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R. DE; ASSIS, L.; ALVES, F.M. 2015. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil2015.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB8434>. Acesso 10 de fev. 2023.

SALAMENE, Samara; ARAÚJO, Mariani Silva de; SÁ, Mariana Médice Firme; FRANCELINO, Márcio Rocha e VALCARCEL, Ricardo. 2007. Florística e fitossociologia em dois fragmentos da mata ciliar do rio guandu, RJ. In: Anais VIII CEB Congresso de Ecologia do Brasil. 2007. Caxambu – MG.

SILVA, Daiane Barbosa da; DE VASCONCELLOS, Thais Jorge; CALLADO, Catia Henriques. 2023. Effects of urbanization on the wood anatomy of Guarea guidonia, an evergreen species of the Atlantic Forest. Trees, v. 37, n. 1, p. 99-110.

TABANEZ, M. F.; PADUA, S. M. (ORGS.) 1998. Educação Ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Cadernos de Pesquisa. São Paulo: Ipê, 1998, n. 118, 205p.

Downloads

Publicado

26/05/2023

Como Citar

Avaliação florística de uma trilha de educação ambiental para adequação sensorial no Parque Estadual de Cunhambebe - RJ, Brasil. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 36–44, 2023. DOI: 10.24979/ambiente.v16i1.1201. Disponível em: https://periodicos.uerr.edu.br/index.php/ambiente/article/view/1201.. Acesso em: 20 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 298

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.