Multilinguismo na fronteira

O gênero discursivo folder como recurso metodológico no ensino e aprendizagem de línguas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24979/ambiente.v17i3.1476

Palavras-chave:

Multilinguismo., Fronteira. , Interculturalidade., Ensino-aprendizagem de línguas., Material didático.

Resumo

Este trabalho examina o multilinguismo fronteiriço, tendo como lócus específico o município de Bonfim, localizado na fronteiro norte do Brasil com a República da Guiana. Sendo o Brasil um dos países mais multilíngues do mundo, a pesquisa aborda a interação entre línguas, como o português, o inglês, creolese e línguas indígenas. A motivação para a pesquisa surgiu a partir da experiência pedagógica na disciplina de Inglês Técnico para Guiamento (ITG), no Instituto Federal de Roraima (IFRR), Campus Avançado Bonfim (CAB). As análises são sobre a produção do gênero discursivo folder como uma ferramenta metodológica no ensino de inglês, destacando o contexto multilíngue fronteiriço e as especificidades desse gênero. Trata-se de uma abordagem de caráter qualitativo, uma pesquisa de campo que envolveu alunos do curso técnico em turismo, e que culminou na produção de folderes digitais conforme proposta metodológica da disciplina do curso. Este estudo fundamenta-se teoricamente em autores como Bakhtin (1992) e Kharkhurin (2009), que discutem a importância do multilinguismo na educação e a necessidade de práticas pedagógicas inovadoras em ambientes diversificados, Couto e Bernardon (2014), que analisam o folder como gênero textual, e Morello e Martins (2016), que tratam do multilinguismo e do ensino-aprendizagem de línguas em contextos fronteiriços. Constatou-se que o folder digital é uma ferramenta eficaz no ensino de línguas e pode favorecer a interação social e comunicativa, valorizando a diversidade cultural presente na região de Bonfim.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Bakhtin, M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

Bakhtin, M. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

Bathia, T. K.; RITCHIE, W. C. The handbook of bilingualism and multilingualism. 2. ed. Oxford: Blackwell Publishing Ltd, 2013.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em agosto de 2024.

Bueno, C. Comunidades indígenas usam internet e redes sociais para divulgar sua cultura. Ciência e Cultura, v. 65, n. 2, p. 14-15, 2013.

Candau, V. M. (org.). Didática crítica intercultural: aproximações. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

Cardoso, M. Multilinguismo: das línguas de fronteira às de sinais. Disponível em: https://saberesepraticas.cenpec.org.br/acervo/o-brasil-e-suas-muitas-linguas. Acessado em julho de 2024.

Couto, G. B.; BERNARDON, M. O gênero folder e suas contribuições no processo de ensino/aprendizagem de LEM-inglês. In: PARANÁ. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Cadernos PDE. v. 1. 2014.

Daltro, M. R. & Faria, A. A. Relato de experiência: uma narrativa científica na pós- modernidade. Estudos e pesquisas em psicologia.19 (1) 2019.

Freitas, M. T. A. Uma teoria social do desenvolvimento e da aprendizagem. Presença Pedagógica, v. 13, 2007.

Grimes, B. The ethnologue: languages of the world. Dallas, TX: Summer Institute of Linguistics, 2006.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.

Kharkhurin, A. V. The role of bilingualism in creative performance on divergent thinking and invented alien creatures’ tests. Journal of Creative Behavior, n. 43, p. 59-71, 2009.

Leffa, V. J.; Irala, V. B. O ensino de outra(s) língua(s) na contemporaneidade: questões conceituais e metodológicas. In: LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. (orgs.). Uma espiadinha na sala de aula: ensinando línguas adicionais no Brasil. Pelotas: Educat, 2014, p. 2148.

Lemos, D. S. Bilinguismo fronteiriço e o code-switching no espaço escolar: aquisição/ aprendizagem do português brasileiro (PB) por crianças venezuelanas. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Unesp – Araraquara, 2020.

Marconi, M. A; Lakatos, E. M. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Editora Atlas, 2003.

Minayo, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

Morello, R. Martins, M. F. (orgs.) OBEDF - Política linguística em contextos plurilíngues: desafios e perspectivas para a escola. Florianópolis: Garapuvu, 2016.

Nunes, C. Formação docente no Brasil. Teias: Revista de Educação/UERJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, 2000, p. 16-30.

Ochiucci, M.S.M. 2015. Do projeto nacional de inglês instrumental ao LinFE: A contribuição dos estudos de Rosinda de Castro Guerra Ramos ao ensino de línguas para fins específicos – A aventura continua. In: Lima-Lopes, R. E.; Fischer, C. R. e Gazotti-Valim M. A. (orgs.), 2015, Perspectivas em línguas para fins específicos: Festschrift para Rosinda Ramos. Campinas: Pontes Editores, p. 17-29. (Coleção Novas Perspectivas em Linguística Aplicada, v. 41).

Santos, Maria Elena Pires. “Portunhol Selvagem”: translinguagens em cenário translíngue/transcultural de fronteira. Gragoatá, Niterói, v. 22, nº 42, p. 523-539, jan./abr. 2017.

WALSH, C. La educación Intercultural en la Educación. Ministerio de Educación. Peru (documento de trabalho),2001.

Downloads

Publicado

27/12/2024

Como Citar

Multilinguismo na fronteira: O gênero discursivo folder como recurso metodológico no ensino e aprendizagem de línguas. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, [S. l.], v. 17, n. 3, p. 73–90, 2024. DOI: 10.24979/ambiente.v17i3.1476. Disponível em: https://periodicos.uerr.edu.br/index.php/ambiente/article/view/1476. Acesso em: 12 jan. 2025.

Artigos Semelhantes

31-40 de 351

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.