Estações do ano

Uma proposta inclusiva para alunos com deficiência visual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24979/ambiente.vi.1624

Palavras-chave:

Astronomia, Deficiente visual, Alto-relevo, Inclusão.

Resumo

Este trabalho apresenta um relato de experiência realizada na Sala de Recursos Multifuncional (SRM) da primeira etapa do Ensino Fundamental I, no município de Itaipulândia, Paraná. A experiência envolveu quatro alunos matriculados no ensino regular, sendo uma aluna cega e três alunos com baixa visão. Para tornar a atividade mais compreensível, usamos quatro esferas de isopor representando o Planeta Terra, com areia em três granulometrias diferentes para criar uma experiência tátil. O Sol foi simbolizado por uma esfera maior, coberta com areia grossa para representar a intensidade dos raios solares. O objetivo geral foi desenvolver uma proposta didática inclusiva para o ensino das quatro estações do ano, com foco na utilização de recursos multissensoriais e na inclusão de alunos com deficiência visual nas aulas de Astronomia. A pesquisa possui natureza qualitativa, sendo de caráter descritivo quanto aos objetivos. No que se refere ao encaminhamento, trata-se de uma pesquisa de campo, cujo procedimento observacional foi a técnica da observação participante. Esperamos que esse trabalho possa contribuir para o ensino das estações do ano de forma a favorecer a inclusão dos alunos com deficiência visual no processo de ensino e aprendizagem.

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Biografia do Autor

  • Claudio Oliveira Furtado, Universidade Estadual de Maringá

    Possui graduação em Pedagogia pelo Centro Universitário Internacional (2009). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em professor. Pós Graduado Lato Sensu em Metodologia do Ensino de Matemática pela Uninter Faculadade Internacional de Curitiba, e Neuropsicopedagogia pela Celer Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas - Facisa. Mestre em Educação, pela Unioeste Cascavel Pr. (2018). Doutorado em Andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática (UEM).

  • Dr. Luciano Carvalhais Gomes, Universidade Estadual de Maringá

    Doutor em Educação para a Ciência e a Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2012). Mestre em Educação para a Ciência e o Ensino de Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (2008). Graduado em Licenciatura Plena em Física pela Universidade Estadual de Maringá (2005). Mestre em Engenharia de Estruturas pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001) e graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais (1998). Atualmente, é professor do Departamento de Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática (PCM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), atuando nas seguintes linhas de pesquisa: Ensino e Aprendizagem na Educação Científica; Formação de Professores de Ciências e Matemática; História, Epistemologia e Cultura da Ciência.

  • Dr. Michel Corci Batista, Universidade Estadual de Maringá

    Possui graduação em Física pela Universidade Estadual de Maringá e em Filosofia pela Uninter, mestrado e doutorado em Educação para a Ciência e a Matemática, também pela Universidade Estadual de Maringá, cursou estágio Pós-doutoral na Universidade de Brasilia na área de Ensino de Física com ênfase em teorias de aprendizagem aplicadas a propostas de ensino. É professor do departamento de Física da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Campo Mourão, é professor permanente e coordenador adjunto do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Física (UTFPR - Campo Mourão), é professor do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza (UTFPR - Londrina) e do Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência e a Matemática da Universidade Estadual de Maringá. É embaixador da NASE (Network for Astronomy School Education) no Brasil. É líder do grupo de pesquisa LADECA (Laboratório para o desenvolvimento do ensino de Ciências e Astronomia). É coordenador do Polo Astronômico Rodolpho Caniato da UTFPR - Campo Mourão e coordenador do Programa para o desenvolvimento do ensino de Ciências e Astronomia da UTFPR - Campo Mourão. É membro do NAPI (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) - Fenômenos extremos do Universo. É coordenador da linha 4: Educação em espaçoes não formais e Divulgação científica) do ENPEC (Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências). Tem experiência na área de Física, com ênfase em ENSINO E DIVULGAÇÃO DE FÍSICA e ASTRONOMIA, atuando principalmente nos seguintes temas: Processos e sequências de Ensino e Aprendizagem para o Ensino de Ciências (Física) e/ou Astronomia; Formação inicial e continuada de professores para o Ensino de Ciências (Física) e/ou Astronomia; Educação em espaços não formais e divulgação de Astronomia em ambientes não formais. Metodologias Ativas e abordagem STEAM no Ensino de Ciências (Física) e/ou Astronomia.

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Publicado

29/08/2025

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Dossiês

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Como Citar

Estações do ano: Uma proposta inclusiva para alunos com deficiência visual. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, [S. l.], 2025. DOI: 10.24979/ambiente.vi.1624. Disponível em: https://periodicos.uerr.edu.br/index.php/ambiente/article/view/1624. Acesso em: 7 set. 2025.

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