As consequências da violência doméstica contra a mulher no desenvolvimento dos filhos menores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24979/ambiente.v14i2.999

Palavras-chave:

Violência Doméstica, Consequência da violência, Mulher, Filhos

Resumo

A violência contra a mulher não é um fenômeno recente, porém, contemporaneamente este tema se tornou pauta de discussões, sobretudo, nas últimas décadas, onde o movimento feminista ganhou notoriedade na mídia televisiva, manchete de jornais e internet. Todavia, no que tange à violência testemunhada por crianças e adolescentes na esfera doméstica, ainda é um assunto escasso no Brasil, dispondo de pouquíssimos trabalhos em torno desta temática. Enxerga-se como importante e urgente que pesquisas e debates sobre esta forma de violência indireta se transformem em políticas públicas no combate ao enfrentamento desse problema, pois, as consequências dos atos de violência acometidos no seio familiar em especial contra as mulheres-mães causam prejuízos à saúde emocional dos menores envoltos nessas ocorrências. Este artigo, contextualiza um estudo demonstrando que o convívio em um ambiente doméstico violento enfraquece as identidades e intervém no desenvolvimento social alterando o comportamento dos filhos na fase adulta.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Senhora Maria do Rosário, Universidade Nacional de Córdoba

    Possui graduação em Licenciatura Plena em Historia, pela Universidade Federal do Amazonas/AM (1995). Graduação em Direito pela Universidade Federal de Roraima/RR (2001). Especialização em Ciências Criminais, pela Faculdade Atual da Amazônia (2004). Especialização em Temas Avançados do Direito Contemporâneo, pela Rede de Ensino Luis Flávio Gomes, LFG (2008) Brasil. Mestrado em Ciências da Educação Superior pela Universidade Camilo Cienfuegos-Matanzas /Cuba (2000). Advogada Criminalista. Doutoranda em Ciências Jurídicas e Ciências Sociais pela Universidade Nacional de Córdoba.

  • Lorenna Grasielle Silva Bispo, Universidade Estadual de Roraima/UERR

    Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Roraima (2014) . É Mestre em Desenvolvimento Regional da Amazônia (2017) pela Universidade Federal de Roraima . Foi professora substituta da Universidade Federal de Roraima (2016-2018): lotada no Departamento de Administração- ministrando aulas para o curso de Administração e Engenharia, com as seguintes matérias: Fundamentos de Economia; Fundamentos de Economia Brasileira; Gestão de Serviços; Cooperativismo; Elaboração e Avaliação de Projetos de Investimentos. Atuou como professora orientadora de trabalho de conclusão de curso (TCC) na modalidade EAD do curso de Pós-Graduação em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino oferecido pelo Instituto Federal de Roraima. Foi professora do curso de Especialização em Gestão Pública da Universidade Estadual de Roraima ministrando a disciplina de Políticas Públicas, bem como, orientou alunos do curso de Gestão Pública da referida Universidade.

Referências

ABRANCHES, C. ASSIS, S. A (in)visibilidade da violência psicológica na infância e adolescência no contexto familiar. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2019, 27(5), 843-854.

ALBORDOZ, E. Aspectos clínicos y médicolegales de la violencia de género. In: FARIÑA, Francisca, ARCE Ramón, BUELA-CASAL Gualberto (eds.). Violencia de género: tratado psicológico y legal. Madrid: Biblioteca Nueva, 2015, p. 170.

ALTENOR, A. VOLPICELLI, J. SELIGMAN, M. Debilitated shock escape is produced by short- and long-duration inescapable shock: Learned helplessness vs. learned inactivity. Bulletin of Psychonomic Society, 1979, 14(3), 337-339.

AMAZÔNIA REAL. Em Roraima, governantes ignoram o tema da violência doméstica. Disponível em: https://amazoniareal.com.br/em-roraima-governantes-ignoram-o-tema-da-violencia-domestica/. Acessado em: 13 de junho de 2021.

BANDURA, A. Social learning theory [Versão Eletrônica]. Englewood Cliffs, New Jersey: PrenticeHall, 1976.

BECK, C. Aprendizagem Social (Bandura). Disponível em: https://andragogiabrasil.com.br/aprendizagem-social-bandura/. Acessado em: 15 de junho de 2021.

BIANCHINI, A. Os filhos da violência de gênero. São Paulo, 2019.

BORIN, T. Violência doméstica contra a mulher: percepções sobre violência em mulheres agredidas. São Paulo, 2008.

BOZZO, A; Violência doméstica contra a mulher: caracterização dos casos notificados em um município do interior paulista. São Paulo, 2017.

CARVALHO, J. OLIVEIRA, V. Violência doméstica, violência na gravidez e transmissão entre gerações. Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. São Paulo, 2017- 1-20.

CELESTINO, V. BUCHER-MALUSCHKE, J. Um novo olhar para a abordagem sistêmica na psicologia. Revista Pesquisa Desenvolvimento e Gestão, 2015, v.18, n.3. 12pp.

DATA SENADO. Disponível em: Violência doméstica e familiar contra a mulher – 2019. Acessado em: 15 de maio de 2021.

DATA SENADO. Em oito anos, número de mulheres agredidas por ex-companheiro quase triplica em 2019. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2019/12/04/em-oito-anos-numero-de-mulheres-agredidas-por-ex-companheiro-cresce-37. Acessado em: 20 de abril de 2021.

DAY, V. TELLES, L. ZORATTO, P. AZAMBUJA, M. MACHADO, D. SILVEIRA, M. DEBIAGGI, M. REIS, M. CARDOSO, R. BLANK, P. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 2003, 25(1), 9-21.

DE LIMA, C. Reflexos da violência doméstica contra a mulher em seus filhos: uma visão sistêmica. Rio Grande do Sul, 2019.

DELANEZ, G.O. A violência intrafamiliar e suas consequências no desenvolvimento da criança. 2012. 29 páginas. Disponível em < http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:kUnPaszuV9AJ:www.pucrs.br/direit o/wp-content/uploads/sites/11/2018/09/geovana_delanez.pdf+&cd=3&hl=ptBR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-b-d> Acesso em: 25 de maio de 2020.

FAERMANN, L. Impactos sociais na vida de crianças e de adolescentes que presenciam violência doméstica contra suas mães. São Paulo, 2014.

FERGUSSON, D. HORWOOD, J. Exposure to interparental violence in childhood and psychosocial adjustment in young adulthood [Versão Eletrônica]. In D. M. Fergusson & J. L. Horwood (Eds.), 1998, Child Abuse and Neglect, 22(5), 339-357.

FERREIRA, D. TOURINHO, E. Desamparo aprendido e incontrolabilidade: relevância para uma abordagem analítico-comportamental da depressão. Pará, 2013.

FONSECA ET AL. Violência doméstica contra a mulher na visão do agente comunitário de saúde. São Paulo, 2009.

G1 MATRO GROSSO DO SUL. Filhos do feminicídio em MS: A dor de crianças e adultos com famílias destruídas pela violência doméstica. Disponível em: http://www.compromissoeatitude.org.br/filhos-do-feminicidio-em-ms-dor-de-criancas-e-adultos-com-familias-destruidas-pela-violencia-domestica-g1-17-06-2019/. Acessado em: 12 de junho de 2021.

HUNZIKER, M. SANTOS, C. Learned helplessness: Effects of response requirement and interval between treatment and testing. Behavioural Processes, 2007, 76(3), 183-191.

JELLEN L. MCCARROLL J. THAYER L. Child emotional maltreatment: a 2-year study of US Army cases. Child Abuse Negl, 2001; 25:623-39.

LEI MARIA DA PENHA. O Novo Conceito de Violência Psicológica da Lei Maria da Penha e o Novo Delito do Art. 216-B CP. Disponível em: https://genjuridico.jusbrasil.com.br/artigos/663026366/o-novo-conceito-de-violencia-psicologica-da-lei-maria-da-penha-e-o-novo-delito-do-art-216-b-cp.

MAIER, S. SELIGMAN, M. Learned helplessness: Theory and evidence. Journal of Experimental Psychology: General, 1976, 105(1), 3-46.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Faces da violência doméstica, estudos investigam perfil de mulheres vítimas de violência doméstica no Brasil, 2017. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/faces-da-violencia-domestica/. Acessado em: 20 de abril de 2021.

R7. Maitê Proença relembra da mãe assassinada com 16 facadas. Atriz concedeu depoimento na Semana da Justiça pela Paz em Casa. Disponível em: https://entretenimento.r7.com/famosos-e-tv/maite-proenca-relembra-da-mae-assassinada-com-16-facadas-06102019. Acessado em: 18 de junho de 2021.

RIBEIRO, C. COUTINHO, M. Representações sociais de mulheres vítimas de violência doméstica na cidade de João Pessoa-PB, 2011. Psicologia e Saúde, 3(1), 52-59.

SANT’ANNA, T. PENSO, M. A Transmissão Geracional da Violência na Relação Conjugal. Revista de Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2016, Vol. 33, pp. 1-11.

SILVA, L. COELHO, E. CAPONI, S. Violência silenciosa: violência psicológica como condição da violência física doméstica. São Paulo, 2007. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 11(21), 93-103.

UOL/UNIVERSA. Filhos da violência 5º país que mais mata mulheres no mundo, o Brasil ignora as crianças, vítimas indiretas da violência doméstica. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/especiais/filhos-da-violencia/#depois-de-20-anos-meu-pai-fez-o-que-prometeu-ateou-fogo-na-minha-mae. Acessado em 20 de junho de 2021.

UOL/UNIVERSA. Filhos da violência 5º país que mais mata mulheres no mundo, o Brasil ignora as crianças, vítimas indiretas da violência doméstica. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/especiais/filhos-da-violencia/#com-a-palavra-a-filha-da-maria-da-penha. Acessado em: 20 de junho de 2021.

YANO, Y. HUNZIKER, M. Desamparo aprendido e imunização com diferentes respostas de fuga. Acta Comportamentalia, 2000, 8, 143-166.

Downloads

Publicado

27/09/2021

Como Citar

As consequências da violência doméstica contra a mulher no desenvolvimento dos filhos menores. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, [S. l.], v. 14, n. 2, 2021. DOI: 10.24979/ambiente.v14i2.999. Disponível em: https://periodicos.uerr.edu.br/index.php/ambiente/article/view/999. Acesso em: 24 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

131-140 de 271

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.