Ensino de ciências e matemática em um programa extensionista
Percepções de futuros professores
DOI:
https://doi.org/10.24979/ambiente.vi.1672Palavras-chave:
Extensão, Formação inicial docente, Ensino de Ciências, Percepções docentes, Ensino de MatemáticaResumo
A formação inicial docente configura-se como importante campo de desenvolvimento, ainda que pré-profissional, para futuros professores de ciências e matemática. Além disso, recentes propostas de inserção da extensão na matriz curricular dos cursos de graduação trazem potencialidades nessa etapa formativa. Diante disso, o presente artigo busca compreender as percepções de licenciandos em ciências e matemática acerca de ações extensionistas realizadas ao longo do curso de licenciatura. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa em tela acompanhou o trajeto de tais licenciandos durante a construção das propostas pedagógicas, bem como em suas intervenções juntamente a estudantes da rede básica de educação. Os resultados obtidos permitem inferir acerca da apropriação da proposta por parte dos futuros professores, além do espaço extensionista configurar-se como um ambiente frutífero para a construção de argumentações diante de conflitos de caráter pedagógico surgidos durante o processo. Em suma, a inserção de ações extensionistas na matriz dos cursos de graduação mostra-se como importante fator de articulação entre a universidade e a escola, potencializando processos formativos docentes em um viés inicial.
Downloads
Referências
ABIB, Maria Lúcia Vital. Pesquisa em Ensino de Física e a sala de aula: articulações necessárias na formação de professores. In: GARCIA, R. et al. A Pesquisa em Ensino de Física e a sala de aula: articulações necessárias. São Paulo: Editora da Sociedade Brasileira de Física, 2010. p. 227-238.
ANDRÉ, Marli. Etnografia da prática escolar. Papirus editora, 2013.
ARAÚJO, D. L. de. O que é (e como faz) sequência didática? Entrepalavras, Fortaleza, ano 3, v. 3, n. 1, p. 322-334, jan./jul. 2013. Disponível em: <https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/23796/1/2013_art_dlaraujo.pdf>. Acesso em: 09 out. 2023.
AZEVEDO, Maria Nizete; TESTONI, Leonardo André. Formação e papel do professor de Ciências na construção curricular: a visão dos documentos oficiais. Cadernos Cenpec| Nova série, v. 5, n. 2, 2016. DOI: https://doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v5i2.339
BARDIN, Lawrence. Análise de Conteúdo, Edições 70, 2011.
BRASIL. Síntese de Indicadores Sociais – SIS. Rio de Janeiro: IBGE. 2019. Disponível em:<https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/educacao/9221-sintese-de-indicadores-sociais.html?=&t=resultados>. Acesso em: 09 out. 2023.
BURAK, Dionísio. A modelagem matemática na perspectiva da Educação Matemática: olhares múltiplos e complexos. Educação Matemática Sem Fronteiras. v. 1, n. 1, p. 96–111, 2019. DOI: https://doi.org/10.36661/2596-318X.2019v1i1.10740
CARVALHO, Ana Maria. Ensino de Ciências por Investigação: Condições de implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
CASTORINA, José. Antônio e et. al. PIAGET–VYGOTSKY: Novas contribuições para o debate. Tradução de Cláudia Schilling, 6ª edição, editora ática, São Paulo, 2008.
COSTA, Helisângela Ramos. A modelagem matemática através de conceitos científicos. Ciências & Cognição, v. 14, n. 3, p. 114-133, 2009.
FORATO, Thaís; BAGDONAS, Alexandre; TESTONI, Leonardo André. Episódios históricos e natureza das ciências na formação de professores. Enseñanza de las Ciencias, n. Extra, p. 3511-3516, 2017. DOI: https://doi.org/10.7476/9788568576847.0001
FORPROEX. Plano Nacional de Extensão Universitária, 2001. Disponível em: <http://www.uemg.br/downloads/plano_nacional_de_extensao_universitaria.pdf>
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus: [s.n.], 2012. 01-66 p. Disponivel em: <https://proex.ufsc.br/files/2016/04/Pol%C3%ADtica-Nacional-de-Extens%C3%A3o-Universit%C3%A1ria-e-book.pdf>.
GUSKEY, Thomas R. Faz diferença? Avaliando a formação continuada. Estudos em Avaliação Educacional, v. 34, 2023. DOI: https://doi.org/10.18222/eae.v34.10106
LIMA, Maria Ida et al. Aprendizagem docente no PIBID e na Residência Pedagógica. Research, Society and Development, v. 11, n. 1, p. e19611125122-e19611125122, 2022. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.25122
LINARDI, Patricia Rosana; DE OLIVEIRA, Viviane Cristina Almada; DOS SANTOS, João Ricardo Viola. De conteúdos matemáticos para processos de produção de significados: uma possibilidade para formação de professores de matemática. Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, v. 26, n. 1, p. 086-113, 2024. DOI: https://doi.org/10.23925/1983-3156.2024v26i1p086-113
LOCATELLI, Solange Wagner; TESTONI, Leonardo André; JAMES, Angela Antoinette. CRUZANDO O OCEANO: contribuições da aprendizagem baseada no ensino por investigação na percepção de professores brasileiros e sul-africanos. InterMeio: Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação-UFMS, v. 29, n. 57, p. 11-30, 2023. DOI: https://doi.org/10.55028/intermeio.v29i57.18619
MASSARANI, L. et al. O que os jovens Brasileiros pensam da Ciência e da Tecnologia: Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2021, 225p. Disponível em: < https://www.inct-cpct.ufpa.br/wp-content/uploads/2021/02/LIVRO_final_web_2pag.pdf>
MESSEDER NETO, H. S. “Professora, a vacina vai me transformar em jacaré?”: pós-verdade, divulgação científica e fake news na sala de aula. In: GALIETA, T. (org). Temáticas sociocientíficas na formação de professores. São Paulo: Livraria da Física, 2021. 185p.
MOREIRA, Antonio Flavio. Em busca da autonomia docente nas práticas curriculares. Revista Teias, v. 13, n. 27, p. 21 pgs.-21 pgs., 2012.
OLIVEIRA, J. F; CATANI, A. M; HEY, A. P; AZEVEDO, M. L. N. Democratização do acesso e inclusão na educação superior no Brasil. In: BITTAR, M; OLIVEIRA, J. F.; MOROSINI, M. (Orgs.). Educação superior no Brasil: 10 anos pós-LDB. 1 ed. Brasília: INEP, 2008, v. 1, p. 71-88.
PIETROCOLA, Maurício. A matemática como estruturante do conhecimento físico. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 19, n. 1, p. 93-114, 2002.
PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza; SOUZA, Vera Lucia Trevisan de. Aprendizagem do adulto professor. São Paulo: Loyola, v. 2, p. 2006-2015, 2006.
SANTOS, Paloma; GOUW, Ana Maria Santos. Contribuições da curricularização da extensão na formação de professores. Interfaces da Educação, v. 12, n. 34, p. 922–946. https://doi.org/10.26514/inter.v12i34.5396, 2021. DOI: https://doi.org/10.26514/inter.v12i34.5396
SCHÖN, Donald. La formación de profesionales reflexivos: Hacia un nuevo desafío de la enseñanza y el aprendizaje en las profesiones. Barcelona - Espanha, 1992.
SOUSA, A. L. L. A história da extensão universitária. 2aed. Campinas: Alínea, 2010.
TESTONI, Leonardo André et al. A construção de saberes profissionais: Aproximações entre processos criativos docentes e conhecimentos pedagógicos de conteúdo. Prometeica-Revista de Filosofía y Ciencias, v. 28, p. 36-52, 2023. DOI: https://doi.org/10.34024/prometeica.2023.28.15609
TESTONI, Leonardo André et al. Histórias em Quadrinhos e o ensino de química: percepção docente de uma proposta investigativa. Comunicações, v. 28, n. 1, p. 261-277, 2021. DOI: https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v28n1p261-277
TESTONI, Leonardo; ABIB, Maria Lucia. Caminhos criativos na formação inicial do professor de Física. São Paulo: Paco Editorial, 2014.
VIOLA DOS SANTOS, João Ricardo; BARBOSA, Edson Pereira; LINARDI, Patricia Rosana. Formação de professores de matemática e atividades baseadas em categorias do cotidiano. Vidya. v. 38, n. 1, p. 1-19, 2018.
Downloads
Publicado
Licença
Direitos autorais (c) 2025 Leonardo André Testoni, Patrícia Rosana Linardi, Ana Maria Santos Gouw

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Todo o conteúdo desta revista está protegido pela Lei de Direitos Autorais (9.610/98). A reprodução parcial ou completa de artigos, fotografias ou artes no geral contidas nas publicões deve ser creditada ao autor em questão. A revista Ambiente: Gestão e Desenvolvimento (ISSN 1981-4127) é distribuída sob a licença Creative Commons – Atribuição – uso comercial – compartilhamento pela mesma licença (BY). Há permissão de uso e criação de obras derivadas do material, contanto que haja atribuição de créditos (BY). As publicaçãos são distribuídas gratuitamente no site oficial.