A fronteira e a colonização agrícola: notas teórico-conceituais para refletir sobre o Brasil
DOI:
https://doi.org/10.24979/makunaima.v7i2.1553Palavras-chave:
Fronteira, Colonização agrícola, Marcha para o oeste, Ocupação territorial, AmazôniaResumo
Este estudo analisa a relação entre a fronteira e a colonização agrícola no Brasil, explorando suas bases teóricas e históricas. A pesquisa utiliza abordagem qualitativa e levantamento documental, focando em conceitos e teorias de autores como Turner (1893), Becker (1982 e 1988), Ianni (1979, 1984 e 1986), Ricardo (1942) e Waibel (1979). Discutem-se as influências do programa “Marcha para o Oeste” na ocupação do território brasileiro, destacando as diferenças entre os modelos de fronteira nos Estados Unidos e no Brasil. As análises apontam para a complexidade do processo de ocupação, marcado por disputas territoriais, expropriação de camponeses e povos originários, e pela intensificação das relações capitalistas na Amazônia a partir da década de 1960. Conclui-se que a fronteira, além de elemento geográfico, é espaço de conflitos sociais, econômicos e ambientais, requerendo maior democratização do acesso à terra e reconhecimento das dinâmicas históricas de exclusão no país.
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