A fronteira e a colonização agrícola: notas teórico-conceituais para refletir sobre o Brasil

Autores

  • Danilo Paranhos Batista Universidade Federal de Mato Grosso do Sul image/svg+xml
  • Luciene Maria da Silva e Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul image/svg+xml
  • Jodenir Calixto Teixeira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.24979/makunaima.v7i2.1553

Palavras-chave:

Fronteira, Colonização agrícola, Marcha para o oeste, Ocupação territorial, Amazônia

Resumo

Este estudo analisa a relação entre a fronteira e a colonização agrícola no Brasil, explorando suas bases teóricas e históricas. A pesquisa utiliza abordagem qualitativa e levantamento documental, focando em conceitos e teorias de autores como Turner (1893), Becker (1982 e 1988), Ianni (1979, 1984 e 1986), Ricardo (1942) e Waibel (1979). Discutem-se as influências do programa “Marcha para o Oeste” na ocupação do território brasileiro, destacando as diferenças entre os modelos de fronteira nos Estados Unidos e no Brasil. As análises apontam para a complexidade do processo de ocupação, marcado por disputas territoriais, expropriação de camponeses e povos originários, e pela intensificação das relações capitalistas na Amazônia a partir da década de 1960. Conclui-se que a fronteira, além de elemento geográfico, é espaço de conflitos sociais, econômicos e ambientais, requerendo maior democratização do acesso à terra e reconhecimento das dinâmicas históricas de exclusão no país.

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Publicado

05/12/2025

Como Citar

A fronteira e a colonização agrícola: notas teórico-conceituais para refletir sobre o Brasil. (2025). Revista Eletrônica Casa De Makunaima, 7(2). https://doi.org/10.24979/makunaima.v7i2.1553