Caracterização dos aspectos fisiográficos da bacia hidrográfica do rio Xarquinho-PR por meio de técnicas de geoprocessamento visando à representação do espaço geográfico
DOI:
https://doi.org/10.24979/makunaima.v6i1.1372Palavras-chave:
Morfometria, bacia hidrográfica, cobertura e uso da terra, sistemas de informações geográficas.Resumo
O presente trabalho teve por objetivo identificar as características fisiográficas do rio Xarquinho-PR visando a representação e análise diagnóstica do espaço geográfico, para obtenção de dados e parâmetros adequados a geração de produtos temáticos digitais visando à representação e análise do espaço geográfico para estudos locais. O emprego de hardware e softwares cada vez mais robustos tem sido um fator modificador da forma de condução dos trabalhos, sejam científicos ou não, aonde o uso intensivo deles vem revolucionando métodos e técnicas de abordagem de problemas específicos, propiciando, na maioria das vezes, avanços qualitativos expressivos e precisão dos resultados. Metodologias utilizadas foram às propostas por De Biasi (1970), Rosim, Felgueiras e Namikawa (1993); Faria, Nunes e Botelho (2023), que empregadas isoladamente ou em conjunto, de forma integrada fornecem informações e dados importantíssimos, no poder de decisão nos diversos estudos de pesquisa científica, bem como, na orientação de processos de gestão e planejamento ambiental, como de natureza urbana/rural, além de geração de conhecimento das potencialidades socioambientais para fins de melhor aproveitamento e ocupação. Resultados, a bacia hidrográfica do rio Xarquinho-PR pelo mapa de cobertura e uso da terra observa-se como sendo de natureza agrícola, em torno de 53% de lavoura temporária, sendo a área de vegetação (Egf) em torno de 26% e mata ciliar em torno de 12%, todos em relação a área total, já os demais itens relacionados as inclinações de relevo, mapa de declividade, apresentaram em torno de 45% de classe de baixa declividade (0-3%) em sua grande extensão areal sendo localizada nas proximidades da jusante (Figura 6 – foto 5 e 6) do curso hidrográfico, sujeito a inundações em períodos de elevados índices pluviométricos. O coeficiente de compacidade (Kc) apresentou valor de 1,3 de tendência mediana a grandes enchentes. Cabe observar que, apesar das limitações, do modelo, apresenta vantagens do seu uso quando aplicado à representação e análise diagnóstica do espaço geográfico que são inúmeras.
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