Análise de documentos de origem florestal e estimativa da emissão de carbono no transporte madeireiro em Roraima

Autores

  • Weslley Wilker Corrêa Morais Universidade Estadual de Roraima image/svg+xml
  • Josué de Souza Aguiar Universidade Estadual de Roraima image/svg+xml
  • Silvestre Lopes da Nóbrega Filho Universidade Estadual de Roraima image/svg+xml
  • Silvestre Lopes da Nóbrega Universidade Federal de Roraima image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.24979/ambiente.v18i2.1585

Palavras-chave:

Amazônia, exploração madeireira, mitigação do aquecimento global

Resumo

O setor madeireiro da Amazônia desempenha um papel importante no desenvolvimento do país e no abastecimento madeireiro em todos os setores. Entretanto, apesar dos benefícios econômicos, existem impactos negativos com o desflorestamento na Amazônia, como por exemplo, a emissão de carbono causada pelos caminhões que fazem o transporte da madeira. Para reduzir esse impacto, a estimativa de emissões de carbono no transporte de madeira pode servir de base para a criação de políticas de neutralidade de carbono. Neste sentido, destaca-se o Documento de Origem Florestal (DOF) como fonte de observação e análise para a estimativa das emissões de CO2 por veículos automotores no transporte de produtos de Origem Florestal. O presente trabalho tem como objetivo analisar os DOFs e obter informações sobre a cadeia madeireira do estado de Roraima. Observa-se que apenas 5 municípios não emitiram DOFs em 2022, o produto e a espécie mais explorados foram toras e Manikara huberi, respectivamente. Conforme os dados analisados destaca-se que os produtos que mais emitiram carbono foram as madeiras desdobradas (643,55 toneladas de CO2 emitidos pelos caminhões simples, menor combinação utilizada para o transporte de madeira desdobrada), 11.766,19 toneladas de CO2 nos Rodotrens (maior combinação utilizada para o transporte de madeira desdobrada) e 5.232,00 toneladas de CO2 de mediana), resultado explicado pelas rotas maiores em relação aos demais produtos. A estimativa dos limites de CO2 emitidos pelo transporte madeireiro de Roraima foi no mínimo (962,34 toneladas de CO2), máximo (13.922,11 toneladas de CO2) e a mediana (6.480,98 toneladas de CO2).

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Biografia do Autor

  • Weslley Wilker Corrêa Morais, Universidade Estadual de Roraima

    Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (2009), mestrado em Engenharia Florestal na área de produtos florestais pela Universidade Federal de Santa Maria (2011) e doutorado em Recursos Florestais pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - Universidade de São Paulo, ESALQ-USP (2018) com o enfoque em utilização de resíduos madeireiros amazônicos para a produção de energia e calor. Professor Doutor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), coordenador do colegiado de Ciências Agrárias (2025-atual) e orientador da Roraiflora Júnior (2022-atual). Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Tecnologia e Utilização de Produtos Florestais. Membro do conselho deliberativo das Florestas Nacionais de Roraima e de Anauá (2024 - atual)

  • Josué de Souza Aguiar, Universidade Estadual de Roraima

    Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual de Roraima (2023), tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Licenciamento Ambiental.

  • Silvestre Lopes da Nóbrega Filho, Universidade Estadual de Roraima

    Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Estadual de Roraima (2023), estudou no Colégio Colmeia no Ensino Fundamental (2011-2014), finalizou o Ensino Médio no Claretiano Colégio (2015-2017). Realizou os cursos de ArcGIS (2019); Introdução a Sistemas Integrados de Lavoura-Pecuária-Floresta (2020); Introdução as Concessões Florestais(2021); Introdução à Recomposição com Ênfase nas Florestas Tropicais (2021).

  • Silvestre Lopes da Nóbrega, Universidade Federal de Roraima

    Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia - REDE BIONORTE, possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (1998) e mestrado em Engenharia Civil - Recursos Hídricos pela Universidade Federal de Campina Grande (2000). Professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Roraima. Vice-Reitor da UFRR no mandato 2020-2024, sendo reconduzido para o mandato 2024-2028. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em planejamento, gestão e modelagem de Recursos Hídricos. 

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Publicado

07/11/2025

Edição

Seção

Ciências Exatas e Agrárias

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Como Citar

Análise de documentos de origem florestal e estimativa da emissão de carbono no transporte madeireiro em Roraima. Ambiente: Gestão e Desenvolvimento, [S. l.], v. 18, n. 2, 2025. DOI: 10.24979/ambiente.v18i2.1585. Disponível em: https://periodicos.uerr.edu.br/index.php/ambiente/article/view/1585. Acesso em: 13 nov. 2025.

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