Análise de documentos de origem florestal e estimativa da emissão de carbono no transporte madeireiro em Roraima
DOI:
https://doi.org/10.24979/ambiente.v18i2.1585Palavras-chave:
Amazônia, exploração madeireira, mitigação do aquecimento globalResumo
O setor madeireiro da Amazônia desempenha um papel importante no desenvolvimento do país e no abastecimento madeireiro em todos os setores. Entretanto, apesar dos benefícios econômicos, existem impactos negativos com o desflorestamento na Amazônia, como por exemplo, a emissão de carbono causada pelos caminhões que fazem o transporte da madeira. Para reduzir esse impacto, a estimativa de emissões de carbono no transporte de madeira pode servir de base para a criação de políticas de neutralidade de carbono. Neste sentido, destaca-se o Documento de Origem Florestal (DOF) como fonte de observação e análise para a estimativa das emissões de CO2 por veículos automotores no transporte de produtos de Origem Florestal. O presente trabalho tem como objetivo analisar os DOFs e obter informações sobre a cadeia madeireira do estado de Roraima. Observa-se que apenas 5 municípios não emitiram DOFs em 2022, o produto e a espécie mais explorados foram toras e Manikara huberi, respectivamente. Conforme os dados analisados destaca-se que os produtos que mais emitiram carbono foram as madeiras desdobradas (643,55 toneladas de CO2 emitidos pelos caminhões simples, menor combinação utilizada para o transporte de madeira desdobrada), 11.766,19 toneladas de CO2 nos Rodotrens (maior combinação utilizada para o transporte de madeira desdobrada) e 5.232,00 toneladas de CO2 de mediana), resultado explicado pelas rotas maiores em relação aos demais produtos. A estimativa dos limites de CO2 emitidos pelo transporte madeireiro de Roraima foi no mínimo (962,34 toneladas de CO2), máximo (13.922,11 toneladas de CO2) e a mediana (6.480,98 toneladas de CO2).
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