(Des)construindo fronteiras na Educação

Refletindo a ​interseccionalidade de gênero e deficiente para a inclusão segundo a Antropologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24979/hdcsj365

Palavras-chave:

Deficiência, Capacitismo, Interssecionalide, Gênero

Resumo

O presente artigo apresenta algumas reflexões sobre os estudos da deficiência e da educação inclusiva com base nos aportes da Antropologia. O corpo nos estudos antropológicos é um objeto de estudo desde Mauss (1950), quando este classico nos fez perceber que há uma estreita relação entre o significado de corpo e a cultura de cada grupo social. Sendo, portanto, o corpo um locus de estudo sobre o “outro”. Por conseguinte, vivemos cercados por padrões sociais pois o que não se “enquadra” é ignorado ou excluído, mas, os estudos sobre a deficiência vêm ganhando força e dando vez e voz ao debate crítico por meio de algumas teorias tais como a teoria Crip, que questiona o que é chamado de “...corponormatividade, isto é, aos padrões hegemônicos funcionais/corporais.” (Mello, 2014).  Contudo sua relevância está em contribuir também com a reflexão sobre o corpo deficiente. Pensando nisso, nosso objetivo é identificar as contribuições desses estudos quanto ao corpo e com um olhar crítico inserir a categoria interseccionalidade com a qual Crenshaw (2020), nos faz perceber, em seus estudos, que existe uma interseção entre as reflexões sobre o gênero, classe, raça, portanto, queremos incluir na mesma dimensão a categoria de análise deficiência, com a especificidade do recorte sobre o corpo feminino deficiente. Nesse sentido, trazemos o exercício epistêmico dos estudos de Blanco (2003), Diniz  (2007), Eliana Ávila (2014) refletindo sobre o mundo da corpornormatividade. Essas teorias explanam acerca da construção epstemologica e trazem a crítica ao modelo social adotado, fazendo eco no movimento social em defesa da pessoa com deficiência, aqui nesse artigo analisado no contexto escolar.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ÁVILA, E. S. Capacitismo como queerfobia. In: FUNCK, S. B.; MINELLA, L. S.; ASSIS, G. O. (org.). Linguagens e narrativas: desafios feministas, v. 1.Tubarão: Ed. Copiart. 2014.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146. htm. Acesso em: 09 junho. 2021.

CRENSHAW, Kimberle. Demarginalizing the intersection of race and sex: ablack feminist critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory andantiracist politics.1989. Disponível em: https://chicagounbound.uchicago.edu/cgi/viewcontent.cgi?Article=1052&context

__________. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Estudos Feministas. Ano 10vol. 1, 2002. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ref/v10n1/11636.pdf> Acesso em: 18 mar. 2019.

DINIZ, D. O que é deficiência? São Paulo, SP: Brasiliense. 2007.

GLAT, R.; PLETSCH, M. D.; FONTES, R. de S. Educação inclusiva & educação especial: propostas que se complementam no contexto da escola aberta à diversidade. In: Revista em Educação. Santa Maria, v. 32, n. 2, p. 343-356. 2007. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/revce/2007/a5.htm>. Acesso em 08 de mar de 2021.

JORDÃO, C.M. Letramento crítico: complexidade e relativismo em discurso. In: ORTENZI, SILVA; CALVO & EL KADRI (Org.). Reflexões sobre ensino de línguas e formação de professores no Brasil. Campinas: Pontes, 2013. (no prelo).

MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MAUSS, Marcel, “Les techniques du corps”, Journal de Psychologie, XXXII, ne, 3-4, 15 mars - 15 avril 1936. (Trad. Bras. Paulo Neves. São Paulo, Cosac Naify, 2003)

SOARES, A. Velhos esportistas: utilidade e estética. Motus Corporis, Rio de Janeiro, v.4, n.2, p.102-120, 1997.

SILVA, P. O lugar do corpo: elementos para uma cartografia fractal. Lisboa: Instituto Piaget, 1999.

Downloads

Publicado

19/09/2023

Como Citar

(Des)construindo fronteiras na Educação: Refletindo a ​interseccionalidade de gênero e deficiente para a inclusão segundo a Antropologia. (2023). Revista Eletrônica Casa De Makunaima, 1-12. https://doi.org/10.24979/hdcsj365