Algumas considerações sobre relações de gênero na cultura popular do Bumba-meu-boi no Extremo Norte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24979/makunaima.v4i2.1164

Palavras-chave:

Relações de Gênero, Cultura Popular, Bumba-meu-boi, Mucajaí

Resumo

O presente ensaio enseja, em primeiro lugar, fazer uma homenagem (in memoriam) a Mestra da Cultura Popular Armandina Di Manso que juntamente com seus familiares construiu o “Ponto Cultural Dr. Vincenzo Di Manso”, no município de Mucajaí, estado de Roraima. O ponto serve de abrigo para os encontros do Bumba-meu-boi de matriz maranhense, “Boi Rei Brilhante”, bem como salvaguardar as memórias dessa brincadeira e as dos brincantes, além de outras expressões culturais praticadas por estes agentes sociais. Outro aspecto do ensaio se dar ao esboçar uma reflexão entorno das relações de gênero no contexto das culturas populares. Nesse caso, a brincadeira de Bumba-meu-boi. Desta feita, emergem as seguintes questões: de que maneira a migrante portuguesa, Armandina Di Manso, se insere na cultura boieira e em que medida ela se tornou e foi aceita pelos brincantes como ama do boi? Na busca de responder a esses questionamentos optou-se pela pesquisa qualitativa com abordagem metodológica da História Oral por meio da constituição das fontes orais, além de utilizar as letras das doadas entoadas na brincadeira, fotos da/na brincadeira, as quais foram feitas e/ou selecionadas na de pesquisa de campo. Dessa maneira, é possível inferir que, ainda que tenha algumas mulheres no folguedo, a brincadeira, no Extremo norte, ainda segue a mesma lógica representacional ao considera-la como brincadeira “predominantemente coisa de homem”. Isso não implica dizer que as mulheres, a exemplo da Armandina, não esgarcem a “porta” e adentrem a brincadeira, intentando o protagonismo da e na brincadeira do Bumba-meu-boi.

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Publicado

01/02/2023

Como Citar

Algumas considerações sobre relações de gênero na cultura popular do Bumba-meu-boi no Extremo Norte. (2023). Revista Eletrônica Casa De Makunaima, 4(2), 47-55. https://doi.org/10.24979/makunaima.v4i2.1164

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