A ferrovia e os corpos hídricos

Os potenciais impactos socioambientais no caso da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) no estado da Bahia, Brasil

Autores

  • Marina Nóbrega Gonçalves Universidade Católica do Salvador/UCSal
  • Moacir Santos Tinoco Universidade Católica do Salvador/UCSal

DOI:

https://doi.org/10.24979/makunaima.v4i1.1097

Palavras-chave:

Meio antrópico, Meio abiótico, Desenvolvimento, Identidades territoriais

Resumo

Este artigo buscou identificar os potenciais impactos socioambientais da construção da Ferrovia Integrativa Oeste-Leste (FIOL) nos corpos hídricos em seu trecho no estado da Bahia, adotando o caminho metodológico da revisão sistemática à luz do pressuposto que, a cada avanço dado no campo do dito desenvolvimento, resultou também, de alguma maneira, em agressões ao meio ambiente, principalmente os recursos hídricos. Através do estudo de impacto ambiental, relatório de impacto ambiental, estudos realizados em obras semelhantes e relatos de casos já divulgados no recorte FIOL, pode-se criar um panorama dos impactos socioambientais que já foram identificados e uma previsão dos que ainda poderão ser causados pela implantação da FIOL nos recursos hídricos no estado da Bahia. Dentre os estudos aqui apresentados, foi notável a ausência de dados claros a respeito dos impactos de obras ferroviárias no meio ambiente e seus recursos hídricos, e os poucos que abordam em referência dos impactos socioambientais não tem como objeto central à água em sua problemática.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Marina Nóbrega Gonçalves, Universidade Católica do Salvador/UCSal

    Graduada em Ciências Biológicas com ênfase em Biologia e Conservação de Ecossistemas Terrestres e Aquáticos na Universidade Católica do Salvador (2021). Mestranda do Programa Território, Ambiente e Sociedade (UCSal), bolsista CNPq. Colaboradora do Centro de Ecologia e Conservação Animal - ECOA, atuando no Projeto de Monitoramento da Herpetofauna do Litoral Norte da Bahia. Tem experiência em mergulho livre (apneia) e certificado em Básico Open Water (NAUI). Possui experiências em resgate, reabilitação, contenção animal, educação e sensibilização ambiental e monitoramento da biota.

  • Moacir Santos Tinoco, Universidade Católica do Salvador/UCSal

    Biólogo, graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Católica do Salvador (1995), diplomado em Manejo de Espécie Ameaçadas in-situ e ex-situ, pela Universidade de Kent, Reino Unido (apoio WWF/DWCT)(1998), especialização em Turismo Ecológico, Gerenciamento Ambiental e Educação Ambiental, 1994, 1997 e 1999, respectivamente, pela UCSAL, mestrado em Ecologia e Biomonitoramento pela Universidade Federal da Bahia (2004) e aperfeiçoamento em Biologia da Conservação de Anfíbios pela DWCT, Jersey (2006). Doutorado em Antropologia e Biologia da Conservação, com ênfase no Manejo da Biodiversidade do Durrell Institute for Conservation Ecology,Escola de Antropologia e Conservação na Universidade de Kent em Canterbury, Inglaterra, Reino Unido. Pós Doutorado em Ecologia na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Atualmente é Pró Reitor de Pesquisa e Pós Graduação e professor adjunto da graduação e de pós graduação da Universidade Católica do Salvador, coordenador do Centro de Ecologia e Conservação Animal - ECOA, membro internacional do IUCN - Species Survival Commission / SSC e parceiro internacional do Amphibian Ark/UICN, Coordenador Executivo do Plano Nacional para Conservação da Herpetofauna do Nordeste - MMA/ICMBio/RAN, membro do Comitê Internacional do World Herpetology Congress, consultor do ICMBio para as listas de espécies ameaçadas do Governo Federal; Membro permanente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica representando a comunidade científica da região Nordeste; membro do Conselho Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e coordenador executivo do Observatório de Unidades de Conservação do Estado da Bahia; consultor e responsável técnico em meio ambiente pela Lacerta Consultoria, Projetos & Assessoria Ambiental. Especialista em Biologia da Conservação com ênfase em Ecologia, Zoologia, Manejo de Fauna em Cativeiro e em vida livre, Manejo da Biodiversidade ex-situ e in-situ, atuando e com experiencia principalmente nos seguintes temas: Ecologia Aplicada, Numérica e Modelagem: Ocupação e Detecção de espécies, AIC Based Models, Modelos lineares mistos e Modelos lineares generalizados mistos, Maxent, Maxlike, Mark Recapture (População e sobrevivência), Distance Sampling, Presence, R, SDR, PC-Ord, SPSS, Vortex; manejo e monitoramento da biota, com especialidade na herpetologia, ornitologia, mastozoologia, zoogeografia, métodos e técnicas para o diagnóstico, monitoramento e manejo da fauna terrestre e aquática, diagnóstico ambiental integrado, ArcGIS, ArcMap, ecologia em cativeiro, restauração de áreas degradadas, planejamento ambiental, recuperação e manejo de populações selvagens, dinâmica de populações, status e conservação de espécies ameaçadas, planejamento, criação e manejo de unidades de conservação, DNA ambiental e relação entre fauna selvagem e arboviroses em parceria com a FIOCRUZ - BA.

Referências

ALMEIDA, M. C. C; SOUZA, S. T.; SANTANA, M. R. B. 2011. O traçado da ferrovia de integração oeste-leste (FIOL) e os impactos sócio-espaciais no município de Tanhaçú-BA. ANAIS do VIII Encontro Baiano de Geografia e X Semana de Geografia da UESB. ISSN 2179-4774.

BECK, C. G.; CUNHA, L. H. H. 2017. As múltiplas faces da comodificação e a constituição da crítica acerca das práticas de consumo contemporâneas. Ciências Sociais Unisinos, São Leopoldo, v. 53, n. 1, p. 136-147.

BRASIL. Resolução CONAMA 001, de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, 1986.

DOURADO, J. A. L; THOMAZ JÚNIOR, A. Políticas de desenvolvimento territorial, agrohidronegócio e disputas territoriais no semi-árido baiano. Disponível em: https://docplayer.com.br/79961378-Politicas-de-desenvolvimento-territorial-agrohidronegocio-e-disputas-territoriais-no-semi-arido-baiano.html. Acesso em 21 de novembro de 2021.

FOGGLIATTI, M. C., CAMPOS, V. B. G., FERRO, M. A. C., SINAY, L.; CRUZ, I. 2008. Sistema de gestão ambiental para empresas. Rio de Janeiro: interciência.

FIGUEIREDO, D. A; SANTIAGO, J. P. 2021. Espaço rural, desenvolvimento e conflitos territoriais em Caetité – Bahia. Revista Franco-Brasileira de geografia, n. 50. DOI : https://doi.org/10.4000/confins.37718.

GONZAGA, A. V. 2017. Conflitos em territórios quilombolas: a elaboração de uma cartilha para o enfrentamento do racismo ambiental. Universidade de Brasília, Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (MESPT), Brasil.

OIKOS. 2009. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) das obras de implantação da ferrovia oeste leste, entre Figueirópolis (TO) e Ilhéus (BA). Volume 1; Volume 2; Volume 3. OIKOS PESQUISA APLICADA LTDA, Brasil.

OIKOS. 2009. Relatório de Impacto Ambiental da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (RIMA) das obras de implantação da ferrovia oeste leste, entre Figueirópolis (TO) e Ilhéus (BA). Volume 1. OIKOS PESQUISA APLICADA LTDA, Brasil.

RODRIGUES, F.; COSTA, W. 2016. A chegada do estranho: mineração e conflitos por água nas comunidades camponesas de Caetité e Pindaí, Bahia, Brasil. PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho. Vol. 17, nº1. DOI: 10.33026/peg.v17i1.4235.

MARINHO, M. de O; AGRA-FILHO, S. S.; MAGALHÃES ORRICO, S. R.; SANTOS, F. C. 2013. Avaliação de impacto ambiental como instrumento de estímulo à produção limpa: desafios e oportunidades no estado da Bahia. Revista de Gestão Social e Ambiental, São Paulo (SP). V. 6, n. 3, p. 129–141. DOI: 10.24857/rgsa.v6i3.497.

SILVA, M. J. D. S., 2004. A utilização dos resíduos urbanos como material de enchimento em processos erosivos no município de Bauru, SP. Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia em Resíduos e desenvolvimento sustentável, Florianópolis, SC.

SPERLING, E. V. 1993. Considerações sobre a saúde de ambientes aquáticos. Bio; 2(3):53-6.

MORAES, D. S. de L.. JORDÃO, B. Q. 2002. Degradação de recursos hídricos e seus efeitos sobre a saúde humana. Rev Saúde Pública. 36(3):370-4.

KLINK, C. A.; MACHADO, R. B. 2005. A conservação do Cerrado brasileiro. Revista Megadiversidade, Belo Horizonte, Vol. 1, Nº 1:147-155.

TABARELLI, M. 2005. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira. Revista Megadiversidade, Belo Horizonte, Vol. 1, p. 132-138.

Downloads

Publicado

11/08/2022

Como Citar

A ferrovia e os corpos hídricos: Os potenciais impactos socioambientais no caso da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL) no estado da Bahia, Brasil. (2022). Revista Eletrônica Casa De Makunaima, 4(1), 87-94. https://doi.org/10.24979/makunaima.v4i1.1097

Artigos Semelhantes

11-20 de 47

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.